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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Após greve, Procon-PB orienta que clientes não paguem multas a bancos

O Procon da Paraíba está orientando que os clientes não paguem juros, multas e encargos em cobranças que não puderam ser quitadas em função da greve dos bancários. A recomendação é que se tente uma negociação com os bancos e caso isso não seja possível que se procure o Procon. As agências bancárias reabriram nesta segunda-feira (14) após 23 dias do movimento de paralisação dos funcionários.O secretário-executivo do Procon-PB,  Marcos  Santos, explicou que o órgão entrou na Justiça na semana passada requerendo uma liminar para que os bancos se abstivessem de fazer a cobrança adicional por um prazo de 72 horas após a volta do funcionamento normal das agências. Ainda não houve decisão judicial, mas mesmo assim o órgão de fiscalização recomenda que os possíveis valores adicionais não sejam pagos. 
“O consumidor não deve pagar, ele deve se recusar e negociar com o banco porque justamente nesse período ele tentou fazer as operações, ele tentou fazer depósito, tentou pagar seus compromissos, mas tanto a greve dos Correios, como a dos bancos prejudicou essa situação”, destacou o secretário do Procon.
Marcos Santos disse também que, além do Procon, os consumidores também podem acionar o judiciário por meio de uma ação individual. “Essa é uma cobrança que nós entendemos como abusiva”, completou.
Filas e atendimento
O secretário-executivo do Procon-PB ressaltou que o órgão está solicitando aos bancos que disponibilizem o maior número de funcionários possível pelo menos nos próximos cinco dias para que a situação do atendimento possa se normalizar, em função do grande fluxo de clientes que procurarão as agências. “Há também um entendimento que nesse momento não dá para aplicar a lei da fila porque se trata de uma excepcionalidade, esperamos que nas próximas 72 horas as coisas estejam se acalmando”, enfatizou.
O acordo para o retorno das atividades nos bancos prevê que os bancários terão que compensar uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro, para recuperar o prejuízo do período de greve. No entanto, o Sindicato dos Bancários da Paraíba explicou que isso não quer dizer que haverá mais tempo para  os clientes serem atendidos, já que a hora adicional será  em expediente interno.
Os principais pontos do acordo, segundo o Sindicato dos Bancários da Paraíba, são 8% de reajuste (1,82% de aumento real); 8,5% (2,29%) de reajuste para o piso da categoria; e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR.
g1

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